Objetivo: Promover a limpeza e a desinfecção dos veículos de remoção, potencializando a segurança ofertada aos nossos clientes, e diminuindo a probabilidade de exposição a riscos biológicos.
PROCESSO RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS DESCRIÇÃO DO PROCESSO
1. CLASSIFICAR OS VEÍCULOS
Motoristas/equipe de enfermagem.
1.1 Classe A (ambulância de transporte): veículo destinado ao transporte de clientes que não apresentem risco de vida, para remoções simples e de caráter eletivo (COA);
1.2 Classe B (ambulância de suporte básico): veículo destinado ao transporte pré-hospitalar de clientes cujo risco de vida é desconhecido, com equipamentos mínimos para a manutenção da vida (CWC);
1.3 Classe C (ambulância de resgate): Não disponível;
1.4 Classe D (ambulância de suporte avançado – UTI móvel): destinado ao transporte inter-hospitalar de clientes graves (DXP).
2. ESTABELECER OS TIPOS DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES FIXAS
Motoristas/equipe de enfermagem.
2.1 Limpeza concorrente: é aquela realizada diariamente (e sempre que necessário), melhorando o aspecto do ambiente. As superfícies a serem limpas nesta etapa são: a maca, o assento do acompanhante, as paredes perto da maca e qualquer superfície visivelmente suja;
2.1.1 Desinfecção concorrente: é aquela realizada diariamente (e sempre que necessário), diminuindo a carga de patógenos presente no ambiente. Este processo de aplica no mesmo local descrito no item 2.1;
2.2 Limpeza terminal: é aquela realizada semanalmente, abrangendo a área interna e externa do veículo. Nesta etapa, o teto, o piso, as paredes, as portas, as janelas , a maca, o assento, etc. devem ser higienizados;
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
BIOSSEGURANÇA EM VEÍCULOS DE REMOÇÃO
2.2.1 Desinfecção terminal: deverá ser realizada nos locais supracitados no item 2.2.
3. RELACIONAR O MATERIAL NECESSÁRIO
Motoristas
3.1 Limpeza concorrente:
3.1.1 Pano limpo e seco;
3.1.2 Borrifador contendo detergente (padronizado pela CCIH);
3.2 Limpeza terminal (área interna):
3.2.1 Pano limpo e seco;
3.2.2 Galão contendo detergente (padronizado pela CCIH);
3.2.3 Esponja LT com haste;
3.3 Limpeza terminal (área externa):
3.3.1 Xampu para automóvel;
3.3.2 Escovão para carros;
3.3.3 Panos secos e limpos;
3.4 Desinfecção concorrente/terminal:
3.4.1 Pano limpo e seco;
3.4.2 Borrifador contendo álcool a 70%.
4. IDENTIFICAR OS EPI’S NECESSÁRIOS
Motoristas
4.1 Bota de PVC;
4.2 Luvas de látex;
4.3 Óculos de segurança;
4.4 Avental impermeável.
5. PROCEDER A HIGIENE E DESINFECÇÃO
Motoristas
5.1 Limpeza concorrente (técnica do borrifador):
5.1.1 Borrifar o detergente em pano limpo e seco (e não diretamente na superfície que será limpa);
5.1.2 Passar o pano nas superfícies em movimentos unidirecionais (de cima para baixo, do mais longe para o mais perto - distal/proximal - e de dentro para fora), removendo toda a sujeira (não necessita enxaguar);
5.1.3 Desinfecção concorrente: Embeber um pano limpo e seco no álcool a 70% e fazer 03 fricções no local recentemente limpo (que deve estar seco) com movimento unidirecional (com intervalo de 30 segundos entre as eles), deixando a superfície secar espontaneamente.
5.2 Limpeza terminal:
5.2.1 Utilizando o mesmo detergente da higiene concorrente, efetuar a higiene interna em todas as superfícies do veículo. Na área externa, utilizar o xampu para carros, enxaguando com água em abundância, e secando em seguida.
5.2.2 Desinfecção terminal: Após a higienização, proceder à desinfecção interna conforme descrito no item 3.1.3.
6. ATENTAR PARA AS ORIENTAÇÕES GERAIS
Motoristas
6.1 Sobre a higiene e desinfecção:
6.1.1 A limpeza geral profissional em lava jato deve ser realizada 01 vez ao mês, em serviço credenciado previamente pela central de compras;
6.1.2 Antes de enviar os veículos para higiene profissional, retirar as peças removíveis (macas, cilindro de oxigênio, etc), pedindo ajuda para a equipe de enfermagem para a retirada dos equipamentos (desfibrilador/cardioversor, bomba de infusão, etc).
6.2 Sobre o transporte do enxoval (veiculo exclusivo para carga):
6.2.1 As roupas devem seguir o algorítimo de processamento de roupas, atentando-se:
6.2.1.1 As roupas sujas devem ser acondicionadas em saco plástico de 60 litros, e transportadas em caixas plásticas indicadas para o serviço. Estas caixas devem sofrer higienização e desinfecção após cada envio da roupa;
6.2.1.2 As roupas limpas devem ser acondicionadas apenas nas caixas plásticas indicadas para o serviço. As roupas não devem ser deixadas no chão da sala de rouparia;
6.2.1.3 O veículo de transporte de cargas deve ser higienizado e desinfetado após cada transporte de roupa suja. Para este transporte, o motorista deve estar equipado com avental impermeável e luvas de procedimento.
6.3 Sobre o transporte de alimentos (veiculo exclusivo para carga):
6.3.1 Os alimentos só podem ser transportados em caixa térmica limpa.
6.4 Sobre o transporte de material para serviço diagnóstico (veiculo exclusivo para carga):
6.4.1 Os materiais biológicos devem ser transportados em embalagem primária vedada, cuja caixa possua tampa secundária;
6.4.1.1 Os resultados dos exames devem ser buscados sempre que solicitados.
6.5 Sobre os veículos de remoção:
6.5.1 O transporte de clientes só pode ser realizado acompanhado por profissional médico ou da equipe de enfermagem;
6.5.2 Após cada remoção, a higiene e desinfecção deve ocorrer, independente do estado clínico do cliente que foi transportado. Os lençóis e capas de travesseiro devem ser trocados após cada uso;
6.5.3 É vedado comer, beber ou fumar no interior dos veículos (inclusive no carro para carga);
6.5.4 Os materiais utilizados na assistência do cliente deve ser retirado pela enfermagem;
6.5.5 A checagem do funcionamento dos equipamentos de suporte de vida (desfibrilador/cardioversor, ventilador mecânico, bomba de infusão etc.) deve ser realizada apenas pela equipe de enfermagem;
6.5.6 O lixo produzido deve ser descartado após cada remoção, utilizando-se para isso os sacos de lixo adequados (branco/leitoso para resíduos hospitalares, e preto para lixo comum). pérfurocortantes devem ser acondicionados em embalagem rígida (tipo Descarpack®);
6.5.7 É expressamente proibido dar carona (inclusive no carro para carga), independente se para colaboradores do CMU ou não.
6.6 Sobre o abastecimento com combustível automotivo e outros serviços:
6.6.1 Os veículos devem ser abastecidos apenas em local autorizado pela central de compras, solicitando autorização prévia para outros procedimentos (troca de filtro, óleo, revisão, etc.). Sendo necessário o procedimento em caráter de urgência, deve-se avisar, assim que possível, a gerência de enfermagem (para que possa justificar o fato);
6.6.2 Os canhotos de abastecimento devem ser assinados com nome legível, e não com rubricas ou assinaturas irreconhecíveis, e apresentados para arquivo logo em seguida;
6.6.3 A ficha de registro de abastecimento deve ser entregue para conferência e arquivo mensalmente.
6.7 Sobre a conduta dos motoristas:
6.7.1 As viaturas devem ser inspecionadas a cada início de plantão (mecânica, elétrica, etc – conforme check-list);
6.7.1.1 Sendo identificado alterações de qualquer natureza, o enfermeiro de plantão deve ser comunicado imediatamente para que se providencie a correção em tempo hábil.
6.7.2 Não deve haver a ausência do local de trabalho sem autorização prévia do enfermeiro de plantão;
6.7.3 É vedado ao motorista ficar sentado na recepção ou sala de espera do CMU (exceto em momentos estritamente necessários);
6.7.4 Deve-se manter o telefone de contato e endereço atualizado na recepção do CMU;
6.7.5 O quarto de apoio deve ser mantido organizado, com lençóis limpos, e portas destrancadas;
6.8 A escala mensal dos motoristas deve ser entregue ao gerente de enfermagem todo início de mês, para ficar em local visível da equipe de enfermagem;
6.9 A frota deve ser estacionada de ré (com a parte anterior do carro para a rua), de forma a facilitar sua saída da garagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Nascimento ML, Shimatai Y. Transporte e remoção de pacientes. In: Infecções hospitalares: prevenção e controle. São Paulo, 1997. Cap. 04, p. 477 – 80.
2. Gomes FVL, Sousa AG. Biossegurança para ambulâncias. [acesso em 20 de julho de 2010]. Disponível em: http://www.santacasago.org.br/docs/ccih_biosseguranca_para_ambulancia.pdf
3. Hoefel HHK. Ambulâncias e o controle de infecções. [acesso em 20 de julho de 2010]. Disponível em: http://www.cih.com.br/transporte.htm
4. Portaria 09, de 16 de março de 1994. Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo. [acesso em 20 de julho de 2010]. Disponível em: http://www.rontan.com.br/legislacao/adaptacao/Portaria%20CVS-9.pdf
5. Costa MFBNA, Lopes LHCL, Noronha KMA. Rotinas de enfermagem sobre limpeza e desinfecção de ambulâncias: uma revisão de literatura. [acesso em 20 de julho de 2010]. Disponível em: http://biblioteca.univap.br/dados/INIC/cd/inic/IC4%20anais/IC4-6.pdf